Rostos da Transformação: Maria Inácio é exemplo no cuidado integral da filha Amanda
Moradoras de Nova Olinda, Maria Inácio, de 42 anos, cuida com amor e dedicação integral da filha Amanda Manoela, de 10 anos, que convive com uma doença degenerativa sem diagnóstico definido. A condição compromete funções motoras e vitais, exigindo o uso de aparelhos e cuidados contínuos. A história das duas faz parte da série de reportagens que tem como objetivo mostrar quem está por trás dos compromissos cumpridos pelo parlamentar.
A cada três ou seis meses, mãe e filha precisam se deslocar até Araguaína para a troca dos equipamentos utilizados no tratamento, o que torna o transporte uma necessidade constante. Nesse contexto, a emenda parlamentar de R$ 200 mil destinada pelo deputado Marcus Marcelo ao município garantiu a aquisição de uma nova ambulância, trazendo mais segurança às famílias que dependem desse serviço.
Para o deputado, investir em saúde é assegurar dignidade. “Os recursos que destinamos são pensados para melhorar o dia a dia de pessoas reais, como Maria e Amanda, que enfrentam rotinas delicadas e dependem de um transporte seguro e adequado para continuar lutando pela vida. Cada segundo é valioso”, destacou.
Maria conta que se sentiu mais segura e acolhida com a chegada do novo veículo. “Quando vi a ambulância nova, fiquei surpresa. É grande, confortável. A rotina já é difícil, então viajar com mais conforto faz muita diferença. Além disso, se uma ambulância estiver em uso, sei que haverá outra disponível”, relatou.
A descoberta da doença
Amanda Manoela apresentou desenvolvimento saudável até os 10 meses de vida. Sentava sozinha, ficava em pé, apoiava-se no carrinho e chegou a andar com firmeza. Até que um episódio chamou a atenção da mãe. “Um dia ela caiu e, depois disso, passou a ficar só sentada, parou de andar e caía com frequência”, relembra Maria.
Temendo que a filha perdesse todos os movimentos e em busca de respostas, a família passou por diversos profissionais até chegar a um neurologista. Mesmo sem um diagnóstico conclusivo, o médico indicou que o tratamento não poderia ser realizado em Nova Olinda. “Entrei pelo SUS e, em três meses, consegui dar andamento. Minha filha passou a ser acompanhada por vários especialistas, mas, ainda assim, o quadro foi se agravando”, explica.
Com o passar do tempo, além das limitações motoras, respirar e se alimentar tornaram-se tarefas cada vez mais difíceis para Amanda. Atualmente, ela depende de sonda gastrointestinal, traqueostomia, dieta especial e uma rotina rigorosa de cuidados. “É como fazer uma faculdade em que você não pode errar. A gente aprende no hospital e precisa acertar em casa”, compara a mãe.
Dos desafios ao propósito da maternidade
Maria relembra momentos de extrema tensão, como o dia em que a sonda da filha se soltou e ela precisou agir rapidamente para recolocá-la em casa. Em outra ocasião, a falta de energia quase custou a vida de Amanda, obrigando mãe e filha a permanecerem cerca de quatro horas dentro de uma ambulância, em meio ao desespero e à apreensão, para garantir o funcionamento dos aparelhos até o restabelecimento da energia elétrica.
Diante de cada desafio, Maria Inácio busca forças para seguir em frente. A forma como encara a maternidade atípica costuma surpreender quem a conhece, já que ela demonstra alegria e gratidão por poder zelar pela vida da filha. “Sempre tive o dom de cuidar das pessoas, principalmente das mais necessitadas. Acredito que a Amanda é um presente que Deus me deu, e me considero uma pessoa abençoada por isso”, finaliza.